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Integrar a experiência: o desafio de ser inteiro

  • Foto do escritor: Tiago Henrique Oliveira Lima
    Tiago Henrique Oliveira Lima
  • 19 de mai.
  • 1 min de leitura

Homem experimentando desespero, angústia e reflexão

Às vezes, lidar com o que sentimos pode ser um verdadeiro desafio. É tentador desviar o olhar, fingir que a dor não existe, racionalizar tudo ou simplesmente seguir em frente. Criamos estratégias silenciosas para suportar o que, à primeira vista, parece insuportável. E tudo isso tem um propósito: nos proteger.


No entanto, com o passar do tempo, essa proteção pode se transformar em um muro. Quando nos escondemos atrás dele por muito tempo, começamos a perder o contato não apenas com o que é difícil, mas também com o que é vibrante dentro de nós.


Integrar uma experiência não significa que precisamos gostar do que aconteceu ou justificar isso. Trata-se de reconhecer que aquilo existiu, que teve um impacto, e que esse impacto, de alguma forma, permanece em nosso corpo, na nossa história, nos nossos gestos. Negar o que nos atravessa pode parecer um ato de força, mas, na verdade, muitas vezes é uma maneira sutil de nos abandonarmos.


Reconectar-se com a própria experiência — mesmo com tudo que é confuso, contraditório ou doloroso — é o que nos ajuda a nos sentirmos inteiros novamente. É esse reencontro que permite que a vida, aos poucos, volte a fluir. E onde antes havia um nó, pode surgir uma palavra, uma escolha, um novo caminho.


Esse é um processo delicado, e ninguém precisa enfrentá-lo sozinho. A psicoterapia existe exatamente para isso: para oferecer um espaço seguro, onde podemos olhar com mais gentileza para o que vivemos — e, assim, transformar o sofrimento em compreensão e a desconexão em presença.

 
 
 

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